Cátia Raposo em atendimento

O olhar da terapeuta - Acupuntura

Lembrar minha primeira experiência como paciente de acupuntura me estimula a compartilhar o que acredito interferir nos resultados do tratamento.

O que esperamos quando influenciamos o terreno de um indivíduo desequilibrado ou doente através da acupuntura?

O que me norteia quando estou diante de um novo paciente ou desafio clínico?

Procuro compreender qual é a natureza e o padrão da desarmonia através da escuta, observação e palpação, utilizando meus conhecimentos, sensibilidade e percepção, buscando o que muitas vezes se esconde atrás da própria compreensão do paciente sobre si e sobre seu sofrimento.

Penso na responsabilidade de lidar com um sistema médico milenário que pertence a uma cultura totalmente diferente da nossa. É difícil compreender como vivia o homem de 100 anos atrás, imagine compreender um conhecimento que começou a se estruturar enquanto ciência há aproximadamente 2.500 anos.

Sou curiosa e adoro explorar áreas de conhecimento sobre o ser humano. Percebo cada vez mais meu interesse na compreensão da essência da medicina chinesa, como alguém que acredita na precisão da localização e função do ponto de acupuntura. As áreas que estudei ao longo dessas três últimas décadas tiveram o objetivo de me fazer compreender mais profundamente a visão milenar tradicional da medicina chinesa.

Antroposofia, xamanismo, leitura corporal, constelação familiar, paradireito da conscienciologia, além das áreas diretamente relacionadas – como taoísmo, budismo zen, I Ching, Qi Gong e mandarim – me aproximaram da medicina chinesa e me tornaram ainda mais envolvida com sua prática.

Mesmo as formações sem direta relação com esta área me trouxeram um “abertismo”. O xamanismo, por exemplo, foi totalmente incorporado ao meu trabalho. Aprendi que os chineses antigos canalizavam informações de seus doentes quando tocavam o pulso. E este tipo de informação não está nos livros que seguem o modelo cartesiano pós-revolução cultural.

O que acabo de descrever não tem nada de extraordinário ou sobrenatural. É um fenômeno normal do nosso dia a dia. As sutilezas podem ser percebidas e interpretadas quando estamos predispostos e somos treinados para isso.

Minha primeira experiência como paciente de acupuntura foi especial. Às vezes, precisamos deixar de lado a vitimização para enxergar o aprendizado. ***Leia sobre minha primeira experiência como paciente.

Espero ajudar aqueles que buscam compreender o pensamento médico chinês com mais profundidade. A acupuntura é consagrada e bem aceita no Ocidente e possui potencial para ajudar o homem de hoje em sua complexidade e em seus desafios. Desejo que os profissionais procurem o aprimoramento de forma incansável e reflitam sobre o grau de atenção plena e concentração exigido pela prática.

Por este motivo, defendo que a acupuntura e o Qi Gong devem caminhar juntos. Ser um bom acupunturista exige mobilização consciente do Qi e atenção plena.

Saiba mais**

CÁTIA M. C. RAPOSO
Acupunturista (IARJ) e Fisioterapeuta (IBMR)
Crefito: 2.19156

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